Ao menos 59 mulheres denunciaram terem sido vítimas de assédio sexual contra o juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) Marcos Scalercio às redes de atendimento do Me Too Brasil e o Projeto Justiceiras até esta quarta-feira (17). Ele nega as acusações.
O G1 publicou uma reportagem na segunda-feira (16) com denúncias de ao menos dez mulheres contra o magistrado, que também é professor do cursinho Damásio Educacional.
O Me Too e o Justiceiras prestam assistência jurídica gratuita à vítimas de violência sexual. Desses 59 relatos, 18 foram encaminhados ao Conselho Nacional do Ministério Público e dois ao Ministério Público de São Paulo.
Também após a reportagem, ex-alunas do Damásio Educacional usaram as redes sociais para dizer que, pelo menos desde 2016, já haviam procurado o cursinho e denunciado Scalercio por comportamento inadequado. Entre as queixas relatadas estavam convites do docente para sair com as estudantes e envios de mensagens inapropriadas com conotação sexual para as redes sociais delas.
Segundo elas, quem recusasse as investidas do professor sofreria retaliações no curso. O G1 conversou com algumas das mulheres nesta terça-feira (16).
O Damásio sempre negou que soubesse de casos de assédio sexual envolvendo o professor e alunas de aulas de direito nos seus cursos preparatórios para concurso público e para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O cursinho não respondeu ao G1 se havia queixas sobre comportamento inadequado dele com estudantes que tenham sido encaminhados pessoalmente a funcionários.
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